Podemos estar até sendo repetitivos, mas a história é assim mesmo. Ela se repete todos os dias. É neste sentido que pretendemos chegar até aos corações mais fechados e as mentes de diferentes correntes e pensamentos. Nada é tão difícil de entender na luta de classes: ou estamos unidos ou sucumbiremos todos, um de cada vez. Desunidos corremos o risco de morrer sozinhos, talvez uma das piores formas de terminar nossa existência nessa sociedade onde o consumo é o deus a ser reverenciado em detrimento ao companheirismo.

Nenhum exército, em tempo de guerra, pode dispensar um Estado Maior experiente se quiser vencer. Os trabalhadores tampouco podem ignorar seu Estado Maior, se não quiserem ficar à mercê de seus inimigos. Mas qual é seu Estado Maior? Não pode ser outro senão o Sindicato, que é instrumento de sua organização. Sem um Sindicato combativo e revolucionário, a classe operária é como um exército sem Estado Maior.

Na luta de classes, o enfrentamento de subordinados é uma ofensa grave para a burguesia, que ao observar união entre os trabalhadores começa a repensar sua primeira e séria derrota, até o momento inesperada. Sua saída então é atirar-se com energia dez vezes maior, com paixão desenfreada e com um ódio dez vezes maior à luta pela reconquista de seu “paraíso” perdido e retornar ao comando, pois nossa união deixa-a horrorizada. Como pode nosso rebanho “comum” encurralar o lobo?

Os trabalhadores só poderão vencer essa luta se confiarem em suas próprias forças, na sua organização e mobilização. Serão muito importantes as manifestações de rua, mas os palcos decisivos desta batalha serão o chão das fábricas, os locais de trabalho. Só paralisando a produção – e, portanto, os lucros do capital – é que os patrões sentem a força dos trabalhadores e podem recuar nos projetos de seu interesse.

Vamos avançar nas lutas visando à realização de uma ampla GREVE GERAL em defesa de nossos direitos, contra a terceirização e os ajustes fiscais do Governo, acumulando forças e condições para a formação de uma frente combativa, tendo como horizonte a construção do Poder Popular como caminho para maiores conquistas sociais. 

Coordenação Estadual do Sindaspi-SC