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Em ato de entrega de automóveis, Presidente da EPAGRI anuncia plano de demissões
O anúncio de um plano de demissões na EPAGRI, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rual de Santa Catarina, foi realizado em evento na sede da empresa em Florianópolis, que contou com a presença do Governador Jorginho Mello, para entrega de veículos, na tarde da sexta feira 10 de maio.
Na ocasião o presidente, Dirceu Leite destacou em seu discurso o chamado Plano de Reestruturação da Empresa com a previsão, destaque na fala do presidente, do plano de demissões, intitulado voluntário, porém incentivado.
Jorginho Mello usou quase a totalidade de seu tempo de fala para destacar o plano de demissões. Para o governador as demissões voluntárias " são a oportunidade de os trabalhadores terem tempo para viver a vida".
Nem o governador nem o presidente de empresa anunciaram data para um novo concurso ou mesmo as nomeações pendentes do concurso de 2022. Porém Jorginho destacou a economia que tem feito as custas da folha de pagamento dos servidores.
Sem uma valorização na carreira, condicionados a jornadas e condições de trabalho desgastantes pela falta de efetivo e com os salários defasados, muitos trabalhadores e trabalhadoras com idades já avançadas devem aderir ao plano, que para o governador, que até o momento não apresentou proposta alguma para a valorização dos salários dos servidores públicos, o PDVI é "uma oportunidade".
O próprio Jorginho buscou um plano de demissão, quando se desligou do antigo BESC, Bando do Estado de Santa Catarina. Há época Jorginho havia sido eleito deputado e solicitou desligamento do banco que foram federalizado e absorvido pelo Banco do Brasil. Jorginho é atualmente dono da marca BESC, pois reivindicou a marca após passados 5 anos da liquidação do banco em favor do Banco do Brasil.
Para o sindicato o anúncio de um plano de demissões sem anúncio das nomeações e novo concurso é um sinal de alerta para a condição de excelência que mantém a EPAGRI no atendimento ao desenvolvimento rural de Santa Catarina, pois já há defasagem de pessoal e nas empresas públicas da agricultura estão os piores salários dentre as empresas do estado.