Sindicatos são chamados pela Epagri para discutir o subsídio do Plano de Saúde

Na tarde de segunda feira os sindicatos que representam os trabalhadores da Epagri foram chamados para uma reunião presencial na sede da empresa. Na pauta a questão do subsídio que atualmente é pago de forma diferenciada entre as faixas salariais.

A Epagri alegou que por decisão do Processo Nº 0000254-95.2023.5.12.0037, impetrado pelo Seagro e já transitado em julgado, teria que alterar a forma de repasse do subsídio, passando para 4% a todos os funcionários da empresa. Porém, o entendimento dos sindicatos é de que a sentença atinge apenas os Engenheiros Agrônomos, mas a argumentação da empresa é de que como não vai alterar a parte total pago pela patrocinadora, esses valores teriam que ser equacionados retornando a forma antiga de distribuição, o que já foi rejeitada pela base do Sindaspi em 2020.

A Assessora Jurídica do Seagro, Dra. Sandra Marangoni, informou na reunião que a intenção do sindicato é de que sejam cumpridas as cláusulas em ACT negociadas e defende que qualquer alteração deva passar pelo crivo dos trabalhadores em assembleia. O Seagro propôs a suspensão do processo por um prazo de 60 dias para que essa discussão, de possível composição e avanços, sejam feitas entre empresa e sindicatos, visto que já está vigente previsão no ACT 2024/2025 o compromisso de estudo referente ao Plano de Saúde.

A empresa também foi alertada sobre o fato de os menores salários já estarem recebendo desde o início de 2021 esse percentual de subsídio, que não aceitaria qualquer alteração unilateral.

O presidente da Epagri, Dirceu Leite, afirmou que há um interesse em resolver da melhor maneira possível, e solicitou o peticionamento para que haja resposta por parte da empresa no menor período possível.

Vamos aguardar nas próximas horas as movimentações e nos manter mobilizados, não aceitaremos retrocessos.

Sindicato é cada um de Nós!

Relembre o caso:

Em 2020 a Casacaresc, que faz a gestão dos planos de saúde da Epagri alterou a modalidade de plano passando de um percentual fixo pago pelos trabalhadores para valores equivalentes as suas faixas etárias. Essa alteração naquele ano deu um impacto gigantesco nos menores salários, inviabilizando a participação de grande parte no plano pelo fato de não possuir condições de pagar. Naquele mesmo ano em proposta de cláusula no ACT (até o momento ainda não aceito pelo Sindaspi), o sindicato reivindicou a parte da patrocinadora como reembolso, caso contratado um plano de saúde mais barato, sem ser o oferecido pela Casacaresc, comprovando devidamente as despesas conforme descrito na cláusula apresentada. A pressão dos trabalhadores deu resultado e no dia 05 de janeiro de 2021, a empresa apresentou uma proposta de distribuição diferenciada do subsídio da patrocinadora, mantendo os 4% da folha, porém adotando 5 faixas salariais e percentuais variando de 60,85% a 30,85%, dos menores para os maiores salários respectivamente, que foi implantado de maneira efetiva na folha de abril/2021.