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18/12/2021 | Campanha salarial da base pública

A inflação galopante e a paralisia do Vale fome nas empresas da agricultura

No últimos anos, com um governo a serviço dos ricos, dos militares e das igrejas pentecostais, os brasileiros presenciaram o retorno do fantasma da inflação. Em 2021 o fantasma se transformou em mostro e passou a devorar o poder de compra dos trabalhadores. O aumento dos preços foi enorme, iniciando pelos combustíveis e se agigantando ainda mais nos alimentos. Enquanto isso, o salário dos trabalhadores paralisou, após vários anos de crescimento real em governos anteriores. Resultado: a fome voltou ao Brasil.

Em Santa Catarina, apesar de ser um estado dito desenvolvido, com PIB acima da média nacional, os últimos governos se esforçaram para manter os salários lá embaixo. Usando a Covid e uma tal lei 173 como escudos para esse fim, promoveram acumulação de perdas no poder de compra dos trabalhadores.

Apesar do bom desempenho da economia catarinense, amplamente comemorado pelo “governo sem papel”, poucos setores puderam comer o bolo dessa festa. Os mais gulosos foram as empresas beneficiadas pela famigerada desoneração fiscal, que libera bilhões por ano em troca da promessa de geração de empregos que ninguém sabe se e onde são gerados.

Os trabalhadores obviamente não foram convidados para essa festa, apenas alguns “amigos e súditos do rei”. Os trabalhadores da agricultura por não fazerem parte dessa casta, receberam apenas as migalhas. Com um salário corroído pela inflação de 2 anos que oficialmente passa dos 10%, sem retroatividade nas clausulas dos acordos coletivos e com um Vale alimentação que sequer compra a cesta básica (verificar se é isso mesmo) trabalharam bravamente em plena pandemia para cumprir a sua função pública em benefício da sociedade.

No apagar das luzes o governo acena extraoficialmente com a reposição da inflação dos últimos 2 anos. Essa promessa ocorre após a negativa do governo em compor uma mesa de negociações, num claro gesto antisindical e tendo como porta vozes políticos de plantão e postulantes a essa função.

Enquanto o governo promete, os ordenadores primários das empresas públicas batem palma e esquecem do seu papel mais importante que é valorizar de fato o maior patrimônio das empresas que administram: os Trabalhadores. Vejamos o caso da Epagri. A empresa é responsável por pagar o auxílio alimentação aos seus funcionários. Apresentando superávit nos últimos 2 anos, não foi capaz de conceder sequer o reajuste da inflação no vale alimentação, pauta dos trabalhadores. Enquanto os trabalhadores recebem elogios pelos excelente trabalho prestado, que rende títulos às empresas e seus gestores, seguem amargando um Vale Fome que se acaba na primeira compra do mês. Já ao governo Sem Papel e seus gestores Sem Coragem, resta a hipocrisia de comemorar os grandes feitos de quem trabalha duramente, em favor das suas conquistas pessoais.