Em mais uma reunião com o Secretário de Agricultura e Pesca de SC, no dia 12, último, os representantes dos Sindicatos de trabalhadores nas empresas Ceasa, Cidasc e Epagri não tiveram nenhuma  proposta concreta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2018-2019. Na conversa, Airton Spies alegou que a situação financeira do Estado garante apenas o INPC integral nas cláusulas financeiras, continuidade de cláusulas sociais e nada de aumento real.

Ameaças

Além da preocupação com defasagem salarial caso não haja aumento real, há também a preocupação com a garantia de direitos e empregos nas empresas, pois o governo está fazendo de tudo para enxugar a folha. Mesmo que as folhas da Epagri e da Cidasc tenham representado apenas 5,60% dos gastos do estado enquanto os trabalhos realizados na agicultura estadual geram 30% da riqueza. Sabemos muito bem no que isso pode resultar quando o próprio secretário afirmou que é difícil aceitar a cláusula da não terceirização nas empresas e também não deixou claro quais são as regras da contrarreforma trabalhista que serão aplicadas.

O que é preciso fazer?

Os esquentas e mobilizações nos locais de trabalho realizadas nas últimas semanas estão dando recado de que as categorias estão cientes da enrolação do governo com as nossas reivindicações e que caso ela continue, a luta vai esquentar ainda mais.
A Assembleia Geral Unificada está marcada para o próximo dia 26 em Florianópolis e para podermos deliberar sobre nossos direitos, precisamos da proposta oficial concreta em mãos.

O Secretário ficou de acertar uma nova data para negociação.

Convidamos todos a ampliarem as manifestações locais, chamando atenção de que só com trabalhadores valorizados é que se constrói e se fortalece as empresas que garantem segurança alimentar e também certificados de qualidade na produção, extensão, pesquisa agrícola e fiscalização sanitária a Santa Catarina. O Comando Unificado dos Sindicatos vai se reunir para avaliar e traçar novas ações na terça- feira, 17.

Foto: Jorge/Seagro