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Crise, ajuste fiscal e cortes na saúde disparam mortalidade materna e infantil
Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), após um período de queda sustentada dos coeficientes de mortalidade no Brasil, o quadro se inverteu a partir de 2016
São Paulo – Depois de um histórico de queda entre 2010 e 2016, as taxas de mortalidade infantil e materna voltaram a crescer no Brasil. O alerta é da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). A Abrasco chama atenção também para o fato de que, que nesse mesmo período – entre 2015 e 2017 – houve piora também nos dados sobre mortalidade por agressões em adolescentes e adultos jovens. E a mortalidade materna, que teve redução de 43% entre 1990 e 2015, aumentou em 2017. Passou de 62 mortes por 100.000 nascidos vivos para 64 por 100.000 – um aumento que foi maior no Norte e Nordeste, segundo o Ministério da Saúde. A mortalidade materna é considerada alta no Brasil, que tem dificuldades na redução. Tanto que este é o único dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, estabelecido pela ONU, que o país não conseguiu atingir em 2015. O compromisso era reduzir 6% de 1990 a 2015, mas só conseguiu 43%. A mortalidade materna está sofrendo os mesmos efeitos dos fatores associados ao aumento da mortalidade infantil com a crise econômica, o ajuste ?scal e os cortes de investimentos em saúde. Para a Abrasco, o Brasil está assistindo a estes aumentos nas taxas que deveriam estar sendo reduzidas. E a queda nas coberturas de imunização traz o risco do surgimento de epidemias de doenças já controladas no passado. Confira a íntegra do especial Abrasco clicando aqui. |
Entre os óbitos com causas definidas, aqueles por diarreia, que vinham caindo entre 2010 e 2015, aumentaram em 2016