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A quem interessa a notícia de que o país está quebrado?

Desde ano passado, o governo Temer alega que o país está quebrado e por isso tem promovido mudanças e cortes nos investimentos sociais básicos. Na verdade, dados referentes à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016 mostram que o dinheiro existe, mas é usado com o interesse de aumentar lucros de banqueiros e rentistas donos de títulos da dívida pública que vivem de especulação no mercado financeiro em detrimento da população.
Com acesso a esses dados publicados nesta semana no site do Senado Federal, o coordenador do núcleo do Rio de Janeiro da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), Paulo Lindesay, constatou que em 2016 o governo federal reservou quase metade do Orçamento Geral da União, o que representou R$ 1,13 trilhão para pagamento de encargos financeiros, juros e amortizações da dívida pública, enquanto investiu R$ 275 bilhões com servidores públicos e somente míseros R$ 16 bilhões em melhorias no país. Isso significa três bilhões de reais gastos diariamente com quem enriquece sem gerar qualquer riqueza em favor da nação, sem gerar empregos e sem apertar um parafuso sequer. |
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Já a LOA de 2017, prevê reserva de R$ 1,7 trilhões (metade do Orçamento da União) para alimentar o capital financeiro nacional e internacional. Lindesay chama atenção para o fato de que em 2015 foram gastos R$ 962 bilhões de reais com pagamento de encargos financeiros, juros e amortizações da dívida e que em 2016, a previsão era de executar R$ 1,348 trilhão de reais com esses serviços. A queda da arrecadação federal, no entanto, fez o governo recuar para os R$ 1,13 trilhão. Mesmo assim, isso significou um aumento de R$ 168 bilhões de reais, em relação à LOA/2015.
Consulta Nacional Popular Com objetivo de barrar mudanças constitucionais decorrentes do pagamento da dívida, como a Emenda Constitucional 95/21016, a proposta reforma da previdência e inclusive a reforma trabalhista, o movimento nacional pela ACD está lançando um convite a diversas entidades e interessados para a realização de uma consulta nacional popular sobre modificações legais que privilegiam o grande capital em detrimento do bem estar social. De acordo com a proposta, a população terá de março até novembro para se declarar a favor ou contrária a essas medidas que modificam a Constituição Federal promulgada em 1988.
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PARA TER ACESSO AO ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO DE MANEIRA SIMPLIFICADA, ACESSE: https://www12.senado.leg.br/orcamento/sigabrasil
Por: Assessoria de Comunicação do Sindaspi/SC - jornalista Silvia Agostini Pereira Com informações de Paulo Lindsay - ACD-RJ |