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21/12/2015 | Geral

Luta por moradia é novamante criminalizada em SC

No sábado, dia 19 de dezembro, nova ocupação em terreno no Norte da Ilha de SC traz novamente o tema da grilagem de terras  a criminalização da luta por moradia. leia matéria publicada no site Desacato

Por Silvia Agostini, para Desacato.info.

A detenção de três jornalistas também fez parte da truculência policial de reintegração. Foram detidos as  repórteres Joana Zanotto e Natália Pinati do Coletivo Maruim, que cobriam a ocupação, e o repórter fotográfico do Diário Catarinense Marcos Fávero. Marcos foi algemado e liberado em menos de uma hora. Já as duas jornalistas ficaram entre os últimos a saírem da Delegacia.
O Sindicato dos Jornalistas de SC compareceu ao local junto com assessor jurídico para  prestar apoio às profissionais da comunicação.

Familiares, amigos e o vereador Lino Peres, da Capital, não puderam entrar na Delegacia, mas ficaram do lado de fora também dando apoio aos detidos.

A ideia é contatar nos próximos dias representantes do Incra, da SPU e CNbio para ver o andamento do processo das terras griladas por Paludo.

Segundo Robson Ceron, um dos advogados populares que assessorou os ocupantes na Delegacia, o que se viu hoje é exemplo da luta de classes.

Trinta membros da Ocupação Dandara, realizada nesta madrugada na SC 401, foram liberados da 5a Delegacia da Polícia Civil na Trindade, após ficarem cerca de três horas e meia na delegacia. Seis pessoas precisaram assinar Termo Circunstanciado para serem liberadas, que deve acarretar em prestação de serviços comunitários.

A reintegração aconteceu por volta do meio dia, com uso de mais de 30 policiais militares vindos de cinco divisões da PM, como a aérea, polícia tática, tropa de choque e canil. Usaram desde gás lacrimogêneo e tiros de balas de borracha. Uma das jornalistas, Natália Pinati, foi atingida por tiros de bala de borracha.

O Coletivo Catarina de Juristas Populares prestou atendimento aos ocupantes.

O despacho de  reintegraçao de posse foi expedido pela manhã, em punho, pelo juiz Hélio do Vale Pereira a pedido de Artêmio Paludo, empresário e ex deputado da Arena, que se diz dono do terreno. O juiz utilizou do termo de reintegração que tirou do mesmo local centenas de famílias da  Ocupação Amarildo. A ocupação aconteceu há dois anos, em dezembro de 2014.

 

TERRENO PÚBLICO

De acordo com um dos ocupantes, que não quer ser identificado, a Ocupação Dandara se deu para chamar atenção sobre o processo daquela terra, que é da União. A data foi em alusão ao aniversário da Ocupação Amarildo.


Após as famílias da Ocupação Amarildo serem retiradas daquela terra, a Secretaria de Patrimônio da União declarou que o terreno é propriedade da União.


A reportagem do Portal Desacato tentou contato por telefone com o ouvidor do Incra, Fernando de Souza, para obter detalhes do andamento do processo, mas não foi atendida.