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Em artigo no DC, coordenador do Sindaspi cobra valorização dos trabalhadores nos serviços públicos

O problema fiscal de SC deve ser combatido com medidas que não sucateiem as empresas públicas Quando falamos que Santa Catarina está num patamar privilegiado em termos econômicos, em relação a outros estados, não podemos esquecer que 30% do PIB catarinense é oriundo da agricultura, e que os grandes responsáveis pela excelência no setor é o serviço público desempenhado em grande parte pelos trabalhadores da Epagri e Cidasc.
A reposição do INPC para estes trabalhadores representa um impacto de 0,15% da arrecadação do estado, seria uma insanidade esta reposição diante de quase um terço do PIB?
Além do mais, só a Epagri reduziu, no último ano, a sua folha de pagamento em torno de 17%, ou seja, o setor da agricultura já colaborou com o governo no corte de gastos.
O problema fiscal do estado deve ser combatido através de outras medidas que não sucateiem os serviços e empresas públicas. O Governo de SC deve, por exemplo, rever a sua renúncia de receita, já que segundo o TCE/SC deixou de arrecadar R$ 5,18 bilhões em impostos, uma quantia superior a qualquer outro gasto do governo.
Outro gasto do governo que deve ser revisto é a dívida pública, que sugou R$ 1,69 bilhões, em 2015, apenas para pagar juros e amortização. Recentemente, o governador abriu mão do processo que anulava a dívida catarinense com a União, para livrar-se do compromisso imediato com o seu pagamento.
Uma discussão séria e clara com a sociedade, sobre a destinação dos impostos, nos traria a luz que não é a reivindicação da reposição dos trabalhadores das empresas Epagri e Cidasc que faria "arrebentar o elo econômico do estado", ao contrário, estes trabalhadores garantem o fortalecimento cada vez maior do setor. É inadmissível penalizar a sociedade com o sucateamento dos serviços públicos e das estatais; as mobilizações dos seus trabalhadores servem também para garantir que a sociedade não sofra mais ataques por meio do desmonte de tudo aquilo que é público.
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