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BLOG SINDASPI-SC


02/12/2013 | Mídia / Imprensa / Comunicação

Fórum de Comunicação criado em Florianópolis lança manifesto

Movimentos sociais e sindical e algumas entidades da esquerda oficializaram o manifesto do Fórum de Comunicação da Classe Trabalhadora, que visa aglutinar forças de esquerda para lutar contra o monopólio e fortalecer as iniciativas de comunicação popular. O Fórum nasceu após a realização do 1º Seminário Unificado de Imprensa Sindical, realizado por cinco sindicatos, entre eles o Sindaspi, onde foi debatido "Por que a luta dos trabalhadores não é notícia". Os participantes do Seminário apontaram a necessidade da discussão ser mais aprofundada e de se pensar outras formas de luta.

 

O Fórum nasce com este este objetivo e está aberto para entidades sindicais e de esquerda, além dos movimentos sociais. A próxima reunião da executiva do Fórum está agendada para o dia  3 de dezembro (terça-feira) às 13 horas, no Sindprevs/SC.  

 

Manifesto do Fórum de Comunicação da Classe Trabalhadora

 

A mídia burguesa transformou a notícia em produto do mercado, tirando dela a função social. A pauta é construída visando lucro e tornou as pessoas em consumidores passivos do espetáculo que substituiu a informação, a reflexão e a contextualização dos fatos, com a finalidade de invisibilizar ou distorcer o que não responda às expectativas do capital.

 

O Brasil vive décadas de atraso, se comparamos o que acumularam as elites com a espetacularização da comunicação, a banalização da mentira e a alienação da sociedade. Isso provoca a pouca mobilização dos trabalhadores no sentido de defender a Soberania Comunicacional e seu Direito Humano à comunicação diversa e democrática.

 

Os donos da mídia viram suas costas para a classe trabalhadora, ignorando suas pautas e apresentando sobre ela ideias distorcidas e enganosas. Agem como partido político a serviço da elite (são a própria elite) e, em tempos eleitorais, produzem fatos em nome dos interesses do capital e da concentração de poder.

 

A falta de um marco regulatório das comunicações no Brasil, amplamente discutido com a sociedade, é a brecha que permite a concentração comunicacional e que o dinheiro e o poder definam as regras do jogo das concessões de rádio e TV. O monopólio das comunicações impede a construção de um jornalismo libertário que ofereça espaço para a manifestação dos diversos atores sociais e da pluralidade cultural brasileira.

 

Diante do desafio de enfrentar o monopólio da mídia conservadora e da necessidade de construirmos uma comunicação oriunda da classe trabalhadora, surge mais um instrumento coletivo e representativo da luta dos trabalhadores organizados: a criação do Fórum de Comunicação de Santa Catarina, que integra diferentes entidades dos movimentos sindical e social e alguns veículos formados por trabalhadores, unificados em torno da democratização da comunicação. O Fórum nasce também com o objetivo de unificar os diversos agentes regionais comprometidos com ações contra-hegemônicas à ditadura comunicacional imposta pela mídia tradicional.

 

O Fórum se propõe a debater e pensar ações e atividades para uma comunicação que ofereça espaços nos quais a voz do povo, dos trabalhadores e trabalhadoras possa, de fato, se expressar, sendo mais um passo em direção à construção de outra informação, que não interesse somente aos que detêm os meios de produção, mas à classe que move o mundo, a classe trabalhadora.

 

Entidades que assinam o Manifesto e compõe o Fórum:
Sindprevs/SC, Sinasefe, Sindaspi, Sintrajusc, Seeb Floripa, Sintespe, Sintufsc, Sindicato dos Farmacêuticos, Sindes, SindSaúde, Sinergia, Sintaema, CUT/SC, CTB, MST, Consulta Popular, Cooperativa de Produção em Comunicação e Cultura (CpCC), Portal Desacato e Revista Pobres & Nojentas.