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Bancários decidem greve nesta quinta, dia 12
A categoria realiza Assembleia Geral para deliberação de greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira. A assembleia será no Hotel Flop, à partir das 18 horas.
Depois de dois meses de negociações e nenhum avanço nos pontos mais sensíveis para a condição de trabalho e remuneração do bancário, além de nenhum apontamento de compromisso da melhora na prestação de serviços à população, a categoria bancária de Florianópolis e Região, assim como em todo o país, realiza nesta quinta-feira, dia 12, uma Assembleia Geral para decidir se entrará em greve por tempo indeterminado a partir da próxima semana. Se aprovada pelos bancários, a greve começa na segunda-feira, dia 19 de setembro.
Na última rodada de negociação, realizada no dia 5 de setembro, a Fenaban apresentou apenas o índice de reajuste de 6,1%, percentual que representa apenas a previsão da inflação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Esse reajuste não representa nenhum aumento real sobre salário e demais verbas dos bancários, nem atende os anseios da categoria e dos correntistas, já que reivindicações como melhores condições de trabalho para o atendimento, contratação de novos funcionários, combate as práticas que provocam adoecimento dos trabalhadores, como o assédio moral, pressão pelo cumprimento de metas abusivas, melhor condição de segurança nas agências, não tiveram propostas dos bancos.
Bancos no Brasil: O melhor negócio do mundo
O ano de 2013, assim como os últimos 10 anos, trouxe resultados mais do que positivos para os bancos que atuam no país. Entre as empresas de capital aberto, Itaú Unibanco (R$ 7,055 bilhões), Bradesco (R$ 5,868 bilhões) e Banco do Brasil (R$ 10,03 bilhões), mais uma vez, registraram os maiores lucro entre os bancos brasileiros.
Uma pesquisa divulgada em junho na revista Bloomberg Markets coloca os bancos brasileiros entre os mais sólidos e confiáveis do mundo. Entre os da América do Sul, Santander Brasil, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil lideram o ranking.
LUCRO DOS BANCOS PRIMEIRO SEMESTRE 2013 |
Banco do Brasil 1º Semestre R$ 10,03 bilhões |
Itaú Unibanco 1º Semestre R$ 7,055 bilhões |
Bradesco 1º Semestre R$ 5,868 bilhões |
BNDES 1º Semestre R$ 3,261 bilhões |
Caixa 1º Semestre R$ 3,1 bilhões |
Santander 1º Semestre R$ 2,929 bilhões |
Itaúsa 1º Semestre R$ 2,562 bilhões |
BTG Pactual 1º Semestre R$ 1,262 bilhões |
Safra 1º Semestre R$ 598 milhões |
HSBC 1º Semestre R$ 454,6 milhões |
Banrisul 1º Semestre R$ 419,7 milhões |
BicBanco 1º Semestre R$ 54 milhões |
Banco Pan (Panamericano) 1º Semestre R$ 51,8 milhões |
Muito dinheiro e nenhum compromisso com a sociedade
A Campanha promovida pelo Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região em 2013, faz um questionamento que, provavelmente, os cidadãos brasileiros façam quando vêem as notícias dos lucros cada vez maiores das instituições financeiras no país: Para onde vai esse dinheiro todo?!
Porque o Lucro é deles (bancos) e o prejuízo é nosso (sociedade)? Apesar de os bancos no Brasil estarem entre as instituições do ramo financeiro com maior solidez, confiabilidade e lucratividade do mundo, de o mercado brasileiro representar hoje um dos mercados mais seguros para investimento e obtenção de lucratividade no setor, qual é o retorno que a sociedade brasileira tem com resultados tão expressivos? Até que ponto o nível de lucratividade do setor representa segurança econômica? Qual é o custo da condição, muitas vezes extorsiva, que os bancos estabelecem para tarifas, vendas de produtos financeiros, taxas de serviços e prestação dos mesmos?
Contatos no Sindicato
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