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Chantagem: Governo pressiona sindicato pela imediata assinatura do ACT
Mais uma vez o governo revela sua forma sorrateira de negociar a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho, Campanha Salarial 2013/14 Epagri/Cidasc. Omitindo-se da negociação, parte para a chantagem. Após várias reuniões, na última rodada de negociações o governo ofereceu o aumento de um 1 real no vale alimentação que, segundo a proposta, passaria dos atuais R$ 16,00 para R$ 17,00. Porém, esse aumento ficaria condicionado ao abandono das demais cláusulas e a assinatura imediata do ACT. No caso da não aceitação deste "avanço", pelos trabalhadores existe a ameaça de não ganharmos nada e, de brinde, perdermos a garantia de emprego. Além disso, o secretário ameaça usar os e-mails corporativos, como vinha fazendo em anos anteriores para insuflar os trabalhadores a chamar assembleias para aprovar a toque de caixa um ACT desfavorável, em total desrespeito á liberdade de organização sindical e a dignidade dos trabalhadores.
Sabemos que 1 real no vale não repõe nem mesmo a metade do
que a inflação já devorou desde o último aumento que obtivemos no auxílio. Além
disso, a categoria vem acumulando perdas e tem outras cláusulas importantes
para negociar, algumas das quais sem impacto econômico. Parece que o foco do
governo é mesmo a retirada da garantia de emprego. Não houve avanço algum em
relação a este ponto, visto que a orientação do CPF é a de não renovar, e
apenas manter a cláusula do Acordo anterior, que seria até o dia 30 de abril de
2014. Para o Sindicato isto não é nenhuma garantia, visto que as negociações
nunca são firmadas até a data base, ficando os trabalhadores a mercê dos
interesses politiqueiros neste período.
Para o Sindaspi, a falta de respeito com os trabalhadores é
flagrante. "Não aceitamos ser desrespeitados desta forma", declarou o
coordenador Arnoldo Ramos Candido, inconformado com a chantagem do governo.
Enquanto os produtores de carne suína em Santa Catarina comemoram a abertura do
mercado japonês, fruto do trabalho dos servidores na Cidasc, a empresa vem
sendo sucateada pelo mesmo governo e os trabalhadores como prêmio, são
convidados a pagar a conta absurda das SDRs, abrindo mão da sua dignidade.
Lembramos: Muito dinheiro para a publicidade, as grandes empreiteiras e as terceirizações o governo garante! Colombo não explica por que não combate a sonegação fiscal e mantém as isenções fiscais de ICMS por onde escoam quase R$ 3 bilhões do dinheiro público, 15% do orçamento total do Estado para os bolsos dos empresários. Ele também não explica porque, mesmo executando apenas 4,82% do orçamento estadual "descentralizado", as 36 SDR's ampliaram em 125% os seus gastos em 2012.
O Estado está sendo sucateado e o servidor, desvalorizado.
Não podemos abrir mão de direitos e aceitar essa vergonhosa ofensiva contra os
trabalhadores! É momento de refletirmos sobre o que está ocorrendo no estado e
tomarmos uma postura de cidadãos conscientes!!! Afinal, nosso trabalho tem
valor e deve ser reconhecido.