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Contraproposta do governo deixa importantes lacunas
Após ter recebido a última contraproposta oficial do governo, o Sindaspi passou a analisar os seus principais pontos. Apesar de termos garantido alguns importantes avanços como a reposição de parte das perdas no vale alimentação e a garantia de emprego até abril de 2015, são importantes e necessárias fazer algumas ponderações:
- A contraproposta mantém cláusulas rejeitadas pela
maioria dos trabalhadores nas assembleias como a que prevê pagamento
diferenciado do adicional de insalubridade entre diferentes grupos de
trabalhadores;
- A desvinculação do adicional de insalubridade e do
auxílio creche babá ao salário mínimo regional pode rebaixar o seu
reajuste nos próximos acordos, visto que o piso estadual tende a aumentar
sempre acima da inflação e a partir de janeiro de 2014, os valores já estarão
desatualizados;
- A cláusula que prevê jornada de trabalho de 24 x 96
horas para os trabalhadores nas barreiras simplesmente foi ignorada, não
contemplando esses trabalhadores;
- O vale alimentação continuará defasado estando o
reajuste proposto muito abaixo da inflação do último período. A maior
parte das empresas públicas do estado tem um vale maior, como exemplo,
cita-se o Ciasc, cujo vale é de R$ 17,80 e está sendo negociado para R$ 19,00;
- O governo e as empresas vêm afirmando nas mesas de
negociação que muitos problemas salariais estariam sendo resolvidos nas
revisões dos PCSs (da Epagri e Cidasc). No entanto, até o momento nada foi
apresentado, nem um esboço sequer de como esses problemas serão sanados e
como as os trabalhadores de campo da Epagri e os trabalhadores nas
barreiras da Cidasc, terão o seu piso salarial em patamares descentes. O
Sindaspi ofereceu alternativas na negociação, mas não foi ouvido pelo
governo. Será que podemos confiar no PCS?
- A contraproposta não prevê nenhuma reposição das
perdas salariais que já somam mais de 30%.
Diante desses pontos, que acreditamos ser necessário ainda avançar,
estaremos discutindo no conselho deliberativo, o encaminhamento mais apropriado
para a campanha salarial em curso. Os trabalhadores já tiveram um saldo
positivo em não se deixar levar pelo afobamento e o desespero, típicos do
comodismo. Agora, precisamos agir com maturidade, clareza e autonomia, definir
qual o melhor caminho a seguir para garantir um bom acordo para a maioria dos
trabalhadores. Contamos com a compreensão e colaboração de todos. Veja abaixo a
contraproposta oficial na integra.
CONTRAPROPOSTA DO GOVERNO ACT CIDASC