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EPAGRI/CIDASC: Contraproposta do governo deve ser analisada com cautela pelos trabalhadores
A contraproposta
apresentada pelo governo estadual e que será votada pelos trabalhadores da
Cidasc e Epagri na assembleia de 20 de junho, merece um olhar atento para que a
decisão da categoria seja realmente consciente. Apesar dos pequenos avanços já
conhecidos que temos de valorizar, pois são frutos do nosso histórico de lutas,
ela traz perda de direitos adquiridos em duas cláusulas, podendo ser
prejudicial a muitos trabalhadores.
Nas cláusulas
que tratam da insalubridade e do auxílio creche/babá, o governo condicionou a
sua renovação a desvinculação ao salário mínimo, com base em decreto estadual
de 2012, que veta essa vinculação. Assim, a partir de janeiro de 2014, esses dois
benefícios passam a sofrer perdas, se comparados ao ACT anterior. A
desvinculação faz com que os benefícios fiquem congelados enquanto o salário
mínimo é reajustado. Esse fato faz com que um número considerável de
trabalhadores, especialmente aqueles que recebem adicional de insalubridade e
auxílio babá acumulem de janeiro a maio de 2014 uma perda que pode ser superior
ao acréscimo no vale alimentação.
A
argumentação do governo é parcial, baseada numa Resolução do CPF (Conselho de
Política Financeira) nº 027/2012 (disponível no site do Sindaspi), visto que a
desvinculação não está ocorrendo em todos os casos. Alguns salários e benefícios
no estado permanecem vinculados ao salário mínimo. A força legal do decreto,
embora este esteja em acordo com o que prevê a constituição federal, pode ser
questionada. O próprio STF acumula decisões e sentenças favoráveis a vinculação
de salários e benefícios ao salário mínimo até que não esteja regulamentada
outra forma de indexação.
Desta forma, o Sindaspi alerta os
trabalhadores quanto aos perigos da contraproposta e chama cada um a votar
conscientemente. A cada direito adquirido que os trabalhadores abrem mão, maior
deverá ser a sua força para reconquistar e avançar rumo a melhores condições de
trabalho.
A
pressa, o conformismo e a pressão externa não podem obscurecer a consciência do
seu voto. Nas assembleias, vote livre e consciente, em favor da categoria. Seja
qual for o resultado indicado pela assembleia, o Sindaspi permanecerá
mobilizado e disposto a lutar até o fim, junto com os trabalhadores, pela
manutenção e ampliação dos nossos direitos.
ACESSE AQUI O BOLETIM DO SINDASPI Nº 05 - Ano 7