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BLOG SINDASPI-SC


05/02/2018 | Notícias Base Pública

Trabalhadores na Ceasa dão a largada na Campanha Salarial 2018/2019

Trabalhadores na Ceasa (Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina S.A.) iniciaram o mês de fevereiro reunindo-se, no dia 1º, com dirigentes do Sindaspi/SC no auditório da empresa, para falar sobre a realidade de trabalho na empresa e dar os primeiros passos na Campanha Salarial 2018/2019.

Além de aumento nos salários, os servidores querem a adoção de um plano de saúde, de um Programa de Participação de Lucros e Resultados e a aquisição de benefícios como vales-cultura e outras gratificações, assim como avaliam urgente a reformulação do Plano de Cargos e Salários vigente, de maneira que valorize mais o profissional e incentive a formação.
 

Desde ano passado, o governo reserva um orçamento para custear 4% do valor do plano de saúde para os trabalhadores, tal como acontece na Cidasc e na Epagri, no entanto o alto custo a ser pago por cada um impossibilitou o plano até o momento.
 

Outro ponto que deve entrar na pauta de reivindicações deste ano é a implantação de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, visando prevenir qualquer tipo de acidente e problemas de saúde na empresa.

 

Combate ao banco de horas e à terceirização

O fim do banco de horas e da escala corrida – escala exercida principalmente por quem atua na portaria -  foi exigência unânime entre os presentes na reunião. Esse o tipo de banco e de escala, permitidos no Acordo Coletivo de Trabalho vigente, precarizam a produtividade interferem na vida familiar do servidor que fica à mercê dos turnos e dias de trabalho decididos pela chefia, sejam em finais de semana e/ou madrugadas.
 

Para Gilmar Espanhol, coordenador estadual do Sindaspi/SC, esse tipo de relação pode se configurar como assédio. Robson Marcos Ferreira, coordenador regional do Sindicato, e orientador de mercado desde 2009, chama atenção que nessa situação, o trabalhador deixa de receber em dinheiro seis horas seguidas trabalhadas além das 30 horas semanais referentes à jornada. O banco vai acumulando horas e se torna inviável folgar o acumulado devido baixo número de funcionários. 
 

Os servidores também exigem o fim da terceirização na empresa, por onde passa grande parte do alimento agrícola consumidos pelos catarinenses. A presença de maior número de trabalhadores contratados pela Associação de Usuários Permanentes da Ceasa (dos boxistas e produtores agrícolas) para exercer as mesmas funções de servidores concursados chegou a gerar um Termo de Ajuste de Conduta por parte do Ministério Público do Trabalho de SC (TAC nº 1071/2010 – resultante do inquérito civil nº 000893.2008.12.000-7 - ainda em acompanhamento) que exige o fim da interferência da AUPC nas funções dos orientadores de mercado e que a Ceasa contrate mais servidores. O TAC proibiu também o trabalho infantil no local, fato denunciado na época.

 

Próximas ações

A Coordenação do Sindaspi/SC deve convocar nova reunião ou assembleia com a categoria nas próximas semanas para organizar os novos passos dessa campanha rumo à conquista de cada reivindicação.

É importante lembrar que essa campanha vai exigir grande participação e empenho de todos os trabalhadores. Além de ela acontecer no primeiro anos de vigência da lei estadual nº 17325/2017, responsável por congelar gastos primários com os serviços públicos por dois anos por conta da renegociação da dívida de SC com a União, a luta acontece num período em que a classe trabalhadora precisa estar forte e organizada para reconquistar seus mínimos direitos sociais e trabalhistas perdidos a partir do golpe de 2016 e ainda manter o direito da aposentadoria que corre o risco de ser extinto pela contrarreforma da Previdência Social, que será votada em breve no Congresso Nacional.



Legenda da foto:  Coordenadores do Sindaspi/SC Robson Ferreira, Daniel Nunes das Neves e Gilmar espanhol  (esq. para dir.) conversam com servidores na Ceasa . Texto e foto de Silvia Agostini Pereira - jornalista no Sindaspi/SC