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Secretarias Regionais gastam mais do que investem
Números comprovam ineficiência das SDR?s
A ineficiência das 36 Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDR?s) e o peso dessas estruturas para os cofres públicos foram questionados pela deputada Ana Paula Lima, líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, na sessão desta quinta-feira. ?Os números do próprio Governo do Estado demonstram que essas secretarias causam prejuízo?, disse a deputada em pronunciamento na tribuna, referindo-se à prestação de contas das SDR?s. Ela propôs que ?em vez de economizar sucateando os serviços de saúde e superlotando as salas de aula, sejam reduzidas essas estruturas, que levam pelo ralo o dinheiro do trabalho do povo catarinense?. Para a deputada, não há justificativa para os gastos com pessoal terem crescido R$ 30 milhões, apenas no ano passado. ?As secretarias regionais são máquinas político-partidárias e grandiosos cabides de emprego?, afirmou.
Os dados demonstram que, entre 2007 e 2012, dos R$ 3,5 bilhões
repassados às secretarias, o valor investido em obras e serviços foi
praticamente o mesmo gasto para manter as unidades funcionando. ?A diferença é
menor que 1%, exatos 0,85%. O custeio das SDR's arrancou R$ 1,76 bilhão dos
cofres públicos sendo que, desse valor, R$ 493,3 milhões foram investidos
somente em folhas de pagamento?, destacou a parlamentar. Ana Paula revelou que
a situação é ainda pior em mais da metade das secretarias. ?Em 20 unidades regionais,
os gastos com pagamento de pessoal e custeio foram maiores que o investimento.
Juntas, as unidades deficitárias gastaram R$ 232,5 milhões a mais do que
aplicaram em obras e serviços à população?.
No telão instalado no plenário a deputada apresentou o
demonstrativo de gastos das secretarias. Entre as informações que chamam a
atenção está o fato que a proximidade com o governador Raimundo Colombo não
impediu o prejuízo em pelo menos duas secretarias. ?A SDR da Grande
Florianópolis, que abrange a capital do Estado, onde está a sede do Governo,
foi a campeã de gastos. Apenas entre 2007 e 2012, a unidade gastou R$ 43,8
milhões a mais do que investiu?. E completou: ?Os números também são negativos
em Lages, terra natal e reduto político do governador, com déficit de R$ 7,8
milhões?.
Em
ano eleitoral, piora ? Além dos gastos comprometidos com folha de pagamento, em
prejuízo ao atendimento às necessidades da população, Ana Paula apontou que a
situação fica pior quando é ano eleitoral. ?No acumulado entre 2007 e 2011, por
exemplo, havia 16 secretarias gastando mais com a estrutura do que com
investimentos. Em 2012, marcado pelas eleições municipais, a lista subiu para
20?.
Por entender que, ?além de causar prejuízos ao erário público?, as secretarias ?estão longe de cumprir os objetivos que justificavam a sua criação, que era levar desenvolvimento a todas as regiões do estado e aproximar os serviços públicos da população?, Ana Paula pede a imediata redução das estruturas. ?Ando pelo estado e testemunho, por exemplo, as centenas de ambulâncias e vans que circulam pelas rodovias rumo à capital, com pessoas em busca de atendimento?, declarou a deputada. Para ela, o governador Raimundo Colombo ?tem o dever? de mudar essa situação?.
Fonte: Assessoria Comunicação / Imprensa Deputada Ana Paula Lima