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Governo Temer recua e suspende por 120 dias mineração em área da Amazônia
Alvo de críticas de um amplo leque de atores políticos e ambientais, o Governo Michel Temer suspendeu na quinta-feira (31) os efeitos do polêmico decreto que permitia que mineradoras privadas explorassem área na Amazônica até então reservada à pesquisa estatal. O Ministério das Minas e Energia disse, em nota, que a suspensão visa promover "um amplo" debate com a sociedade sobre o tema por 120 dias. De acordo com a pasta, a decisão de paralisar os efeitos da medida foi tomada pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, depois de consultar Temer. O ministro de Meio Ambiente, José Sarney Filho, reconheceu nesta quinta em entrevista ao jornal Valor Econômico que o Governo se equivocou na publicação do decreto, em 23 de agosto, e expressou seu desejo de revogar a medida. Ainda que o Governo argumente que a exploração por mineradoras privadas da Renca não vai afetar as duas reservas indígenas, um parque nacional, uma floresta nacional e uma estadual e quatro reservas ecológicas que compõem a zona, ambientalistas argumentam que a atividade privada vai ter efeito indireto sobre as áreas preservadas. Outros especialistas argumentam que só a estruturação da operação de exploração de minério e seu escoamento vai trazer impacto ambiental. |