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Trabalhadores nas empresas públicas da Agricultura aprovam indicativo de Greve
Em Assembleia Geral Unificada, nesta quinta-feira, 17, trabalhadores nas empresas Ceasa, Cidasc e Epagri representados por onze Sindicatos aprovaram indicativo de Greve em rejeição à proposta apresentada pelo governo do Estado de reposição zero nos salários e no valor benefícios sociais e que permite retrocessos nas relações de trabalho. Além de entenderem essa proposta como descaso e desvalorização, os trabalhadores não abrem mão de cláusulas de garantia de emprego até 2020; de ajustes no Plano de Carreiras, Cargo e Salários; como também do comprometimento do governo com o fortalecimento das empresas e com a majoração no valor destinado às políticas públicas no setor partindo dos atuais 2,7% para no mínimo 4 ou 5%. A flexibilização de direitos também é rechaçada por eles. Ainda assim, é por conta do trabalho de fiscalização sanitária animal e vegetal exercido na Cidasc que SC é referência mundial em sanidade animal e vegetal, como também pelo trabalho de pesquisa e extensão agrícola realizado na Epagri. De acordo com Gilmar Espanhol, engenheiro agrônomo na Epagri e coordenador do Sindaspi/SC, o controle de qualidade dos produtos que entram e saem na Ceasa também cumpre importantíssimo papel na segurança alimentar catarinense. No âmbito da Campanha Salarial, em audiência pública realizada pela manhã na Alesc sobre o fortalecimento das empresas, os trabalhadores conquistaram também o comprometimento de deputados estaduais de diferentes partidos em apoiar principais reivindicações das categorias , seja por meio de proposição de moção no Parlamento, seja por meio de ofícios que serão encaminhados ao governo estadual. Um dos ofícios solicitará ao governador Eduardo Pinho Moreira e ao Secretário de Agricultura e da Pesca, Airton Spies, que continuem as negociações e atendam a pauta das categorias desde a pauta financeira - de reposição nos salários e cláusulas econômicas e sociais e maior repasse de dinheiro para a gestão do plano de saúde dos trabalhadores na Cidasc - até a que solicita mais investimentos no setor e nas empresas. Conforme o Dieese/SC, a reposição de 100% do valor da inflação nos salários desses trabalhadores não ultrapassa 0,06% da folha de gastos do Estado enquanto o trabalho exercido por eles resulta em cerca de 30% do PIB catarinense. |