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04/02/2019 | Economia

Informalidade alcançou 32,9 milhões de brasileiros em 2018

carteira de trabalho
 
Foto de Marcelo Casal/ Agência Brasil

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no último dia de janeiro, mostra que 2018 fechou o último trimestre com índice de desemprego em 11,6%,  diante da média anual de 12,3%. Em números, esse índice representa 12,8 milhões de pessoas. Mesmo não sendo essa a mais alta taxa anual quando comparada a 2017 ( 12,7%), o IBGE constatou que o indicador da informalidade no trabalho alcançou o seu ápice de 32,9 milhões de brasileiros.

No setor privado, o número de trabalhadores sem carteira assinada chegou a 11,2 milhões, sem contabilizar os empregados domésticos. E os trabalhadores por conta própria foram 22,3 milhões, maior índice desde 2012. Ao mesmo tempo que subiu o número de empregados domésticos para 6,2 milhões, a pesquisa mostra que menos de um terço desses tinham carteira assinada.

Entre outros grupamentos da economia, o número de trabalhadores atuando nos setores da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi de 8,7 milhões, ou seja: 1,8 milhões a menos que em 2012, quando o número alcançou 10,3 milhões.
Já o grupamento de trabalhadores nas atividades ligadas à informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas diminuiu para 10,1 milhões quando comparado a 2014, quando os números estavam em 10,3 milhões. O interessante é notar que esses dados também levam em conta o aumento da força de trabalho, que representa as pessoas com mais de 14 anos, que cresceu 0,8% a partir de 2017, o que representa 816 mil brasileiros com capacidade de trabalho.

Nota-se que o índice de pessoas subutilizadas subiu em 3,4% de 2017 pra 2018, após a contrarreforma trabalhista. Conforme o IBGE, esse foi o maior percentual (24,4%) de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada da série - desde quando o IBGE lançou a PNAD contínua, em 2012. José Álvaro Cardoso, economista do Dieese em Santa Catarina, diz que a informalidade é uma parte potente de destruição de direito. “O direito à carteira de trabalho é fundamental porque, se o trabalhador de carteira é explorado, muito pior é situação do trabalhador informal. Parece mentira, mas o golpe aprofundou uma verdade que já conhecíamos antes: direitos, no capitalismo periférico, é um luxo. O sujeito carteira assinada, com salário de R$ 1.700,00 e direito à previdência depois de velho, se tornou um "excesso" com o golpe”, diz o economista.

Ano passado, o número de pessoas desalentadas (que já perderam esperança de achar um emprego) também foi o maior da série, alcançando: 4,7 milhões, sendo que em relação a 2017, cresceu em 13,4%.

Santa Catarina tem a mesma tendência
Os índices da pesquisa nos estados serão divulgados somente no final de fevereiro, no entanto José Álvaro, arrisca dizer que nosso estado certamente acompanhou a tendência do Brasil, entretanto em função de várias particularidades, têm uma situação melhor do que a média nacional. “Vamos ver os dados. Mas é bom que saibamos que a "autonomia" de Santa Catarina em relação às políticas nacionais não existe. Por exemplo, um dos objetivos disfarçados do golpe é quebrar a indústria nacional de maior valor agregado” Ele denuncia que estão desmontando o BNDES: “- botaram um cachorro louco no Ministério da Economia, vão liquidar as estatais. Isso afeta dramaticamente Santa Catarina, que é um estado bastante industrializado. Não podemos ser ingênuos: os caras vieram para liquidar o Brasil enquanto nação soberana. Nesse tipo de projeto, emprego de qualidade e indústria, não cabem”, alerta.

Por Silvia Agostini Pereira,  com informações do IBGE