Erro na Linha: #3 :: Use of undefined constant SEO_TITLE - assumed 'SEO_TITLE'
/home4/sindaspi/public_html/site/sindaspisc/header.inc.php
SEO_TITLE

BLOG SINDASPI-SC


07/04/2022 | Editorial

Autoritarismo na Epagri: mudanças no PCCS abrem caminho para a terceirização.

Nos últimos dias, os trabalhadores da Epagri foram novamente surpreendidos com a publicação de uma medida que afeta a empresa e sobre a qual eles não tiveram o direito de opinar. Trata-se da Resolução no 004/2022 do Grupo Gestor de Governo (GGG), que extingue diversos cargos e funções previstas no PCCS e abre caminho para a terceirização de setores da empresa.

Há alguns anos o SindaspiSC vem demandando junto à direção da Epagri uma revisão do PCCS, já que o próprio Plano, assinado em 2015, previa que isso fosse feito a cada 4 anos. Entendíamos que ele precisava ser melhorado para atender melhor aos interesses dos trabalhadores. Nesse período a direção da empresa se negou a abrir qualquer possibilidade de revisão.

Contudo, no ano passado a direção apresentou ao GGG uma proposta de alteração que extinguia diversos cargos e funções e, de maneira bastante explícita, possibilita a terceirização das atividades desenvolvidas pelos trabalhadores de campo da empresa.

Essa é a porta de entrada da terceirização nos trabalhos desenvolvidos pela Epagri. Além de terem menos direitos e custarem mais caro, terceirizados não prestam concurso e não têm estabilidade, o que é muito conveniente para quem quer utilizar o serviço público para favorecer amigos, familiares ou apadrinhados políticos.

Nenhuma das mudanças foi debatida com os trabalhadores ou com suas entidades representativas. Foi uma medida autoritária e que desprezou a tradição de participação dos sindicatos e associações nas decisões que afetassem a carreira dos empregados. Não vimos esse tipo de comportamento sequer em gestões anteriores, que eram conhecidas por serem autoritárias e centralizadoras.

É irônico que esse tipo de postura venha justamente da direção que se vangloriava de ser composta somente por “pratas da casa”, sem nenhum membro de fora da empresa.

Infelizmente, parece que alguns e algumas foram picados pela “mosca azul” do poder e se esqueceram de sua trajetória, orientando sua atuação em função de interesses políticos futuros.

E nesse processo, onde estavam o diretor e a conselheira eleitos, que deveriam representar os interesses dos trabalhadores nos espaços em que atuam? Sequer tiveram a iniciativa de promover um debate com os sindicatos e a Faper, preferindo encampar a proposta da direção sem nenhuma discussão.

Não podemos compactuar com decisões de gabinete desse tipo. A porteira foi aberta e, se não tratarmos de fechá-la, logo veremos outras medidas contrárias aos interesses dos trabalhadores sendo empurradas goela abaixo.

Sindicato é cada um de Nós!