Debate no dia 5 vai discutir necessidade da união da classe trabalhadora

Dias 3, 4 e 5 de agosto, a reforma agrária é tema da Jornada Nacional de Lutas promovida pelo Movimento Sem Terra em diversas capitais estaduais. Em Florianópolis, a Jornada inicia nesta segunda-feira (3) com manifestações em frente à sede do INCRA-SC e da Receita Federal. Na terça (4) acontecem atividades surpresas e às nove horas de quarta-feira (5), a coordenação do MST-SC vai promover um debate no antigo Cine Ritz -localizado atrás da Catedral -  sobre a necessidade de unidade da classe trabalhadora por meio de uma pauta comum de lutas. Após o debate, serão realizadas mobilizações no Centro da Capital.

Reivindicações

Na Jornada, o MST reivindica mais orçamento destinado à reforma agrária, mais facilidade no acesso aos programas federais voltados à venda e à aquisição de alimentos produzidos em assentamentos e cooperativas de assentados e o fim do ataque aos direitos dos trabalhadores promovido pelo ajuste fiscal do Governo Federal.   

De acordo com Nauro Velho, liderança do Movimento e ex-dirigente do Sindaspi-SC, em 2015 não saiu nenhum decreto de desapropriação de terras para reforma agrária. Ele informa que em média, até agora, os governos de Dilma empatam com o governo de Collor em número de desapropriações para reforma agrária. No ano passado os decretos não ultrapassaram o número de 100.

No Estado de SC, os programas que o governo federal tinha para aquisição dos alimentos estão praticamente  parados, dificultando a produção e a venda de produtos da reforma agrária. Desde o final de 2013, o governador do Estado segura um projeto que financia em 50% via BNDES e 50% via governo estadual, a compra de produtos de cooperativas e assentamentos para escolas, sistema carcerário e hospitais. Enquanto isso, crescem os custos com as fornecedoras terceirizadas de alimentação nas instituições de ensino, prisionais e de saúde do Estado.

Legenda: Sem Terra ocupam Minitério da Fazenda em Brasília, como parte da Jornada Nacional de Lutas