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Pressão contra as reformas e ação nas ruas no dia da greve geral
No dia 30 de junho, dia da segunda grande greve geral deste anos, coordenadores e trabalhadores no Sindaspi/SC deram seu recado contrário à destruição dos direitos trabalhistas e da Previdência, participando das ações nas regiões de Chapecó/SC, na região serrana e na grande Florianópolis.
Mesmo com o alerta das duas greves gerais (a anterior de 28 de abril) e dos atos de 15 de março e o Ocupa Brasília em 24 de maio, é preciso pressionar mais os políticos catarinenses responsáveis pela rejeição ou aprovação das contrarreformas que estão no Congresso. O PLC 38/2017, deve ser analisado ainda neste mês, no Plenário do Senado. Dessa maneira, é importante que fazer contato com os senadores e seus gabinetes para dizer Não ao retrocesso.
Telefones e e-mails podem ser acessados aqui:
Contra a contrarreforma da Previdência https://napressao.org.br/campanha/reforma-da-previdencia
Contra a Contrarreforma trabalhista https://napressao.org.br/campanha/reforma-trabalhista
Fotos: e Vera Lúcia
Texto: Silvia Agostini
Para mais detalhes da Greve no Estado, leia matéria da CUT/SC, produzida pela jornalista Silvia Medeiros: |
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Pressão contra as reformas e ação nas ruas no dia da greve geral
Por Silvia Medeiros Nem tinha amanhecido e as notícias do dia de greve geral em Santa Catarina começaram a chegar. As mobilizações que ficaram muito além das expectativas dos organizadores, recebeu um grande apoio dos trabalhadores, que a cada dia esboçam mais compreensão do impacto das reformas em suas vidas. Várias categorias aderiram à paralisação e cruzaram os braços nesse dia de Greve Geral que teve uma pauta de defesa dos direitos e contra as reformas trabalhista e da Previdência. Os servidores municipais de Blumenau, Joinville e Chapecó e região aderiram à Greve. O transporte público também paralisou por algumas horas em Florianópolis e em Chapecó a garagem dos ônibus urbanos foi trancada por duas horas, atrasando a saída dos coletivos nas primeiras horas da manhã.
Foram nove fechamentos de rodovia em três pontos da BR 101, (Araranguá, Morro da Fumaça no Sul do estado e em Navegantes no Norte), três pontos da BR 282 que corta o estado, (Chapecó no principal trevo de acesso da cidade, em Campos Novos, região do planalto serrano e na cabeceira da ponte Colombo Salles, que dá acesso à Florianópolis), na BR 116 em Lages e em dois pontos na BR 470 (na altura de Rio do Sul e na parte da rodovia que dá acesso ao porto de Navegantes).
Mobilizações e passeatas também foram feitas em várias cidades com o objetivo de conversar com a população sobre as reformas do Temer. Em Araranguá e em Lages a caminhada teve como ponto de saída as agências do INSS. Em Florianópolis o ato que reuniu cerca de 5 mil pessoas percorreu as ruas do Centro da cidade. Em Blumenau a atividade foi durante todo o dia na Praça que fica em frente à Prefeitura, em Joinville foi na Praça da Bandeira no Centro da cidade e em Caçador os representantes dos movimentos sociais e sindical, marcharam pelas ruas da cidade e ao final, como simbologia do voto favorável à reforma Trabalhista, os manifestantes queimaram as fotos dos deputados e senadores que já deram seu “SIM” à proposta do governo.
“Uma das principais marcas da greve geral desse dia 30 foi de um lado aumentarmos o apoio dos trabalhadores e trabalhadoras com a necessidade de reagir frente as reformas e do outro a forte repressão do estado, usando os policiais para intimidar e agredir os manifestantes que faziam a ação de forma pacífica ”, avalia Adriana Maria Antunes de Souza, Secretária de Comunicação da CUT-SC.
A repressão policial foi registrada de forma mais agressiva nos trancamentos na cidade de Navegantes, em que a Polícia Militar chegou atirando, insultando e usando bomba de gás e balas de borracha, inclusive prendendo dois trabalhadores do MST. Em Florianópolis, na cabeceira da ponte a PM também usou de forte aparato para dispersar os manifestantes que trancaram o acesso à ilha. Tiveram relatos de feridos de bala de borracha em ambos os manifestos.
Em Chapecó a truculência da Polícia se deu na garagem dos ônibus, em que os policiais chegaram a usar spray de pimenta contra os manifestantes. Ainda em Chapecó, 5 mil trabalhadores, trancaram o principal acesso: o trevo da BR 282, essa ação durou das 9:30 às 15h. O acesso que há anos não era trancado pelo movimento, por conta da complexidade do trecho não foi páreo desta vez já que os manifestantes se mantiveram unidos até o final do ato na parte da tarde.
Para Cleverson de Oliveira, Secretário de Formação da CUT-SC, a responsabilidade da repressão dos policiais militares do estado é diretamente do governador do estado. “Colombo enfrenta uma série de denúncias de corrupção, tem agido de fo rma negligente com a segurança pública do estado e, ao invés de reprimir o crime organizado que só cresce em Santa Catarina, ele gasta bomba e bala com trabalhador que reivindica seus direitos”.
A reforma Trabalhista está prevista para ser votada dia 10 de julho e a da Previdência em agosto. Para Cleverson “independente da repressão o nosso compromisso é nos manter vigilantes nas ruas em defesa dos direitos”.
Fonte: CUT/SC |
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Matéria atualizada dias 04/07/2017 às 13:25 |