Nesta terça-feira, 7 de junho, os coordenadores do Sindaspi/SC, Sergio Ricardo Lima e Márcio Paulo Ribeiro (representando os trabalhadores) e do Saesc, Mário César Silva, participaram da 2º rodada de negociação com o SEBRAE, buscando avançar nas cláusulas financeiras, visto que na 1º rodada, apenas nas cláusulas sociais foram garantidos avanços.

As cláusulas financeiras não haviam sido acatadas pelo SEBARE e os sindicatos alertaram que sem avanços não chamariam nova assembleia, visto que os trabalhadores não aceitariam o reajuste zero, proposto pela empresa.

Nesta nova rodada, além do Gerente de Gestão de Pessoas do SEBRAE, Marcondes da Silva Cândido, que iniciou as negociações, participaram também o diretor do Sebrae, Sergio Fernandes Cardoso e as assessorias jurídica e financeira da entidade. Inicialmente, o mesmo discurso sobre a situação financeira da entidade, que teve uma redução da receita neste ano e necessita reduzir os gastos, foi dita pelo diretor, que também expôs, que após vários estudos com as assessorias, foi possível chegar a uma contraproposta de 5% (cinco por cento) de reajuste, de forma que não desestabilize a saúde financeira do Sebrae, mas também garanta que nenhuma demissão aconteça.

Para os dirigentes sindicais, aceitar menos que a inflação do período (9,83%) é complicado, visto que os trabalhadores informaram em assembleia que não aceitariam menos que o INPC, pois já sentem diariamente a desvalorização dos seus salários, seja na hora de fazer uma compra no supermercado, pagar as contas do mês ou até mesmo tomar um cafezinho. Os sindicatos insistem em garantir melhores índices para os trabalhadores, seja um aumento nos vales alimentação/refeição, garantir o INPC em sua totalidade, mesmo que fracionando eles (5% agora e os 4.83% a partir de outubro), mas jamais permitir a defasagem salarial.

Após muita discussão, ficou definido que a direção do Sebrae estudará um pouco mais  as possibilidades e uma nova rodada de negociação acontecerá na próxima segunda-feira, 13 de junho, às 14 horas, seguida de uma assembleia dos trabalhadores, para avaliar e deliberar sobre a contraproposta, às 15h30min do mesmo dia.

Veja o que já está acordado:

·         Banco de Horas - foi aprovado o novo calendário, porém foram inclusas cinco regras para compensação das horas (aprovadas pelos trabalhadores).

·         O abono de faltas para o empregado estudante, sendo as horas progressivas de acordo a Matriz de Relevância do curso, informado pela empresa.

·         Liberação de três dias úteis ao trabalhador que for transferido definitivamente para uma nova cidade, para que o mesmo possa se adaptar e se organizar.

·         Licença Maternidade/paternidade: A empresa propõe incluir uma nova cláusula que reduzirá a jornada de trabalho da mãe trabalhadora (que requerer o benefício) no período de até seis meses, assim que ela retornar da licença. A jornada passaria para 30 horas semanais (ou 6 horas/dia) sendo o salário proporcional ao horário trabalhado. A cláusula que dispõe sobre a licença paternidade será ampliada para 20 dias.

·         Na cláusula sobre o auxílio creche, a empresa aprovou a solicitação dos trabalhadores para incluir o auxílio babá a partir do término da licença maternidade, dos 7 até os 36 meses de idade.

·         Manutenção das demais cláusulas.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Sindaspi/SC - Jornalista Cristiane Mohr