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Governo ignora a pauta dos trabalhadores nas barreiras
A pauta de reivindicações dos trabalhadores nas barreiras, que foi protocolada junto a SAR no dia 12 de agosto foi solenemente ignorada pelo secretário adjunto Ayrton Spies. A resposta apresentada em ofício recebido pelo Sindaspi, na última hora do dia 09 de setembro, é vaga e não apresenta nenhuma contraproposta a pauta apresentada. Apenas justifica o não atendimento a várias cláusulas e remete tudo ao novo PCS, ainda sem aprovação do CPF, órgão do governo responsabilizado para dizer NÃO aos trabalhadores. É o governo querendo enrolar para ganhar tempo e mudar o foco das reivindicações. Com essa manobra, o governo usa a Cidasc para substituir a pauta apresentada pelos trabalhadores por uma proposta elaborada sem a participação destes.
Novo PCS da Cidasc é apresentado aos
sindicatos
Na tarde do
dia 10 de setembro foi apresentada para os sindicatos a proposta do novo PCS da
Cidasc, que agora passaria a se chamar PECS - Plano de Empregos, Carreiras e
Salários. Trata-se de um plano bem diferente do que está em vigor, onde a
tabela salarial foi dividida em 4 carreiras independentes. Uma para cada função
desempenhada pelos funcionários dentro da Cidasc. Chama também atenção, o fato
de que várias funções serão extintas, reduzindo ainda mais o leque de serviços
prestados pela Cidasc. É conveniente lembrar que essa proposta ainda não tem o
aval do CPF, portanto é uma proposta apenas da empresa e não do governo.
Salienta-se
que os trabalhadores não tiveram em nenhum momento o direito de opinar na
construção do novo PECS, que foi montado por uma empresa contratada pelo governo
para esse fim. Apenas agora, depois da proposta finalizada, a empresa convida os
trabalhadores a conhecer o novo instrumento. Resta saber se as opiniões dos
trabalhadores serão em algum momento consideradas ou servirão apenas para
legitimar uma proposta pronta. O Sindaspi reitera sua disposição já manifestada
em não homologar nenhum Plano de Cargos e Salários que não seja benéfico aos
trabalhadores.
O Sindaspi vai
formar uma comissão junto com representantes das barreiras e outros setores
para estudar o documento e a partir daí, definir o rumo das mobilizações que
iniciaram no mês de junho. Como o prazo determinado pelos trabalhadores para a
apresentação de uma contra-proposta do governo se esgotou e nada consistente
foi apresentado, as paralizações e o estado de greve não estão descartados,
visto que a proposta do novo PECS até o momento nada garante aos trabalhadores.